Membros do Comité Central dizem que a eleição de Daniel Chapo como candidato da Frelimo às presidenciais representa um tempo de mudança e de esperança para o partido e para os moçambicanos. Ao fim de três dias de busca pelo candidato, os membros mostram-se determinados a apoiar Chapo rumo à vitória. 

O candidato presidencial da Frelimo para as próximas eleições, Daniel Chapo, tem 47 anos de idade, é jurista e natural de Inhaminga, província de Sofala. Daniel Chapo faz política activa desde 2015, altura em que foi nomeado administrador de Nacala-à-velha, na província de Nampula. Antes, desempenhara as funções de Conservador do Distrito de Nacala-Porto, na mesma província. Nascido em 1977, em Inhaminga, província de Sofala, Daniel Chapo é formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, tendo terminado a licenciatura em 2000. Em 2004 fez o curso de Conservador e Notariado e dez anos depois, em 2014, concluiu  o Mestrado em Gestão de Desenvolvimento pela Universidade Católica de Moçambique. Foi docente de Direito Constitucional e Ciências Políticas e trabalhou como locutor na Rádio Miramar. Em Novembro de 2015, o jurista, que já desempenhava as funções de Governador de Nacala-à Velha, é transferido para desempenhar as mesmas funções no distrito de Palma, na Província de Cabo Delegado. Cerca de cinco meses depois,  em Março de 2016, é nomeado Governador da Província de Inhambane. Nas eleições de 2019, Chapo foi cabeça de lista da Frelimo para Governador de Inhambane, tendo reassumido a província após a vitória do partido naquele pleito. Daniel Chapo representa uma efectiva transição geracional dentro da Frelimo, na medida em que tem apenas 47 anos de idade e nenhum vínculo, quer directo quer indirecto, com a luta de libertação nacional. A sua indicação acaba por cumprir com uma narrativa nunca oficialmente confirmada, de que agora seria a vez do centro. Daniel Chapo é descrito como ponderado, dinâmico e proactivo. Se for eleito, a 9 de Outubro próximo, será o quinto presidente de Moçambique independente, depois de Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi.